A pandemia do novo coronavírus e o distanciamento físico alteraram de maneira significativa a rotina e o ambiente de negócios, e com isso, as incertezas em decorrência desse período abalaram o estado mental dos brasileiros.
Pensando nisso, a Troposlab, empresa especializada em inovação, em parceria com a UFMG, por meio do PPG Cogcom (Programa de Pós-Graduação em Psicologia: Cognição e Comportamento), realizou em junho deste ano, um estudo pioneiro no Brasil sobre a saúde mental dos empreendedores em tempos de pandemia.
A pesquisa observou que 51,1% dos empreendedores tiveram a vida afetada pela pandemia, mas que se sentem bem a maior parte do tempo, enquanto 24,9% dos empreendedores afirmaram que foram muito afetados. A necessidade do acompanhamento e cuidados com a saúde mental e início do uso de medicamentos, como antidepressivos, ansiolíticos ou ambos nesse período, foi relatada por 15,6% dos entrevistados.
Os resultados apontam que as mulheres apresentam maior intensidade de sintomas para ansiedade (28,5%), quando comparadas aos homens (22,2%), estresse (5,36%) e nos homens (5,22%) e, também, maior prevalência de depressão (10,4% para mulheres e homens 3,4%).
O relatório afirma ainda, que 80% dos empreendedores apresentam níveis baixos de estresse, ansiedade e depressão, enquanto cerca de 4 a 6% apresentam níveis severos dos mesmos sintomas. Desses, 13,8% dos respondentes disseram que sim para depressão, enquanto 50,7% disseram que sim para ansiedade. Os estados de São Paulo, e Distrito Federal foram que mais apresentaram frequência em sintomatologia alta, o que poderia apontar para níveis de sofrimento psicológico mais altos.
O estudo também mostrou que, durante a pandemia, aqueles empreendedores que conseguiram elaborar um plano para o enfrentamento dos efeitos da pandemia, conseguiram se sair melhor e com menos efeitos adversos em termos de ansiedade e depressão.
”Os empreendedores que têm maior propensão a planejar suas ações, além de garantir maior chance de vida ao seu empreendimento, também conseguem reduzir os efeitos negativos da pandemia sobre sua qualidade de vida” esclarece Carlos Melles, presidente do Sebrae
Agência Sebrae de Notícias